Eu deixei
o sol confuso quando o provoquei
ao ferir
o milênio com espinhos de rosas.
Nada
escapa ao olhar do definitivo
porque
irrito o destino ao desafiá-lo a se transfigurar em liberdade.
E se dou
à nostalgia o nome de pessoas importantes,
é porque sei
desembrulhar a alegria,
esta dádiva
rara, áurea, guardada ao alcance da alma.
Eu
prefiro falar de amor com arco-íris.
Eu
prefiro esculpir meu destino com o talento da paixão.
O futuro dança
à minha frente – respeitoso ou despudorado -
enquanto
cavo um abismo infinito de rosas para o sol.
O sorriso
existe para ser um enigma que dá alegria a quem o desvenda.
Mas é a
solidão que me oferece à força uma rosa vaidosa
e eu escolho
seu perfume ou seus espinhos.
O sol e o
impossível sangram poesia.
Só a
paixão guarda uma amostra da eternidade.
Anakin Ribeiro
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