Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de maio, 2020

Pandemia

No ano de 2222 um vírus matou 2 bilhões de pessoas no mundo. A pandemia obrigou as pessoas a ficarem dentro de suas casas. Enclausurados, amedrontados e impotentes, os homens evitavam a todo custo ser contaminados pelo vírus. Lojas, escolas, praças, parques, praias ficaram vazias. A economia foi arrasada, enquanto o manto tétrico da morte levava sua sombra à cidadela da civilização. O flagelo da doença era impiedoso. As ruas ficaram desertas, exceto por moradores de ruas, porque a pobreza nunca acabara. Ninguém nunca ligou para isso. E muitos deles, expostos ao vírus, pereceram nas ruas. Os sobreviventes não abandonaram a esperança, embora temessem a fúria implacável da pandemia. Os dias e as noites eram as testemunhas das lágrimas e dos lamentos dos homens. A ciência e a medicina não conseguiam decifrar o enigma do adversário. E os governos não tinham vacina nem cura para esse mal e só eram eficazes em enterrar os mortos. Um fato curioso é que a arte não existia em 2222. Govern...

Platônico

  Se você pensa que amar é ter uma cachoeira como testemunha, despir e possuir um corpo, então jamais diga: eu te amo.   A coisa mais erótica que há é renunciar um desejo irrenunciável.   A verdadeira conquista está na alma. É preciso possuir uma alma para amar de verdade e quando você jogar uma rosa imortal no abismo, o vento logo vai te devolvê-la porque o amor mais lindo dispensa dádivas, rejeita investidas, não se seduz por canções.     Se você busca o verdadeiro amor, negue-se, ame-se, multiplique a si mesmo um trilhão de vezes, e todas as suas versões olharão umas as outras indiferentes ao eco suplicante do sublime.   Faça a beleza gozar sem tocar nela. Faça a beldade gozar apenas com um poema.     Amar o que não se tem é a epifania da asseidade e só quem descobre esse tipo de amor consegue domar o selvagem corcel da magia. Anakin Ribeiro