A Arthur Rimbaud . “Je est un autre” . Quis que o migrar fosse minha forma. Que a música fosse tudo, plena. Que a embriagues fosse a norma. Não tocaria uma só nota serena. O desconforto fosse meu porto. O descompasso meu próprio passo. O mal estar meu maior conforto E todo verso forjado a aço. Assim, através de muitas cidades. Como tudo estivesse ao inverso, Tudo seria reinventando, as artes, As crenças e, enfim, todo universo. A iluminação alcançaria, eu cria, Num inferninho musical urbano. Dançando rock, frenético, romperia, Ao infinito além do humano. Mas claro que falhei! Oh néscio Que eu era. Como um cão sofri, e tanto, E em não querer sofrer, confesso, Tudo era um tentar em vão. Portanto, Hoje almejo o tempo de cessar o verso. Simples, como um mercador fenício. Nem mais uma linha ou traço. Quero ser um mestre do silêncio. Felipe Stefani