Muitas fugiam ao me ver Pensando que eu não percebia Outras pediam pra ler Os versos que eu escrevia Era papel que eu catava Para custear o meu viver E no lixo eu encontrava livros para ler Quantas coisas eu quis fazer Fui tolhida pelo preconceito Se eu extinguir quero renascer Num país que predomina o preto Adeus! Adeus, eu vou morrer! E deixo esses versos ao meu país Se é que temos o direito de renascer Quero um lugar, onde o preto é feliz. Carolina Maria de Jesus