O professor chegou com uma mala. O professor presenteou cada aluno com uma rosa. O professor abriu um livro e o livro era o infinito. A rosa espinhenta fazia cada mão sangrar. Todos os alunos mergulharam no livro E nessa proeminente jornada Deslizaram por um arco-íris em preto e branco Ouviram músicas que ainda não foram criadas Viram monstros que só sabiam dizer “sim” Abraçaram desejos que se convertiam em beija-flores Até chegarem a uma porta: A porta da percepção. Abriram-na e entraram. À frente, espelhos os aguardava. Todavia, antes de se aproximarem dos espelhos Uma pergunta lutava contra uma resposta E a mais forte vencia. Quando chegaram diante dos espelhos Perceberam que o discurso era o ar Que todos respiravam E as palavras, o vento. Cada estudante tinha seu próprio espelho. O diálogo com o espelho foi silencioso Breve e infinito Porque o próprio livro era o infinito. ...