Dorme
sob o silêncio o parque. Com descanso,
Aos
haustos, aspirando o finíssimo extrato
Que
evapora a verdura e que deleita o olfato,
Pelas
alas sem fim das árvores avanço.
Ao
fundo do pomar, entre as folhas, abstrato
Em
cismas, tristemente, um alvíssimo ganso
Escorrega
de manso, escorrega de manso
Pelo
claro cristal do límpido regato.
Nenhuma
ave sequer sobre a macia alfombra
Pousa.
Tudo deserto. Aos poucos escurece
A
campina, a rechã sob a noturna sombra.
E
enquanto o ganso vai, abstrato em cismas, pelas
Selvas
adentro entrando, a noite desce, desce...
E
espalham-se no céu camândulas de estrelas...
Francisca Júlia
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