Quem dera se as guerras fossem de escrita, E as ameaças de ataque fossem poesias E os canos, de tanques de ferro, Vasinhos de artesanato. Quem dera as declarações fossem de amor Versinhos rasgados, assim, enrolados, Lançados à sorte em nuvens Cobrindo as cidades. Quem dera os disparos fossem pinceladas, E as explosões, fogos de artifício, E as rixas só fossem travadas Em quedas de abraço. Quem dera as disputas fossem musicais, As medalhas no peito, na farda, Fossem de olimpíadas E não militares. Quem dera se armas fossem utensílios de arte, E as facas, a exemplo, usadas Somente, no último caso, Em cursos culinários. Quem dera os tratados fossem só pinturas, Fotografias de belas paisagens, De grandes, justas, cidades, De gente que tem união. Quem dera você, que agora me lê, Topasse virar revolucionador, E do homem que sabe que sabe Virasse o que só quer amor. Schleiden